Documento sobre a obra da lagoa havia sido enviado em julho, pelo Projeto Manuelzão e pelo SCBH Ribeirão da Mata, à Comissão da Meta 2014, ontextualizado o problema e demostrando que o erro de projeto atrasa a concretização da Meta. Veja reprodução de parte do mesmo: Meta 2014 e a Lagoa Santo Antônio em Pedro Leopoldo 16 de julho 2012 A questão das obras de coleta e interceptação do esgoto na região do distrito da Lagoa Santo Antônio em Pedro Leopoldo é um exemplo de que pequenos problemas retardam a efetivação do tratamento de esgoto nos municípios da bacia do Ribeirão da Mata e consequentemente não se atingem os objetivos da Meta 2014: • A os interceptores estão dentro da área alagável da lagoa Santo Antônio (ver imagens anexas) e se encontram no momento submersos, e o mesmo acontecerá com as elevatórias, o que provocará problemas de manutenção e operação dos sistema (fato não previsto no projeto que também não considera que a referida lagoa é de característica cárstica em área sujeita a tremores e dolinamentos entre outros riscos geológicos); • Não existe nenhum projeto apresentado para minimização dos impactos nem de plano emergencial para o caso de ruptura do sistema e portanto contaminação da lagoa e do lençol freático do aquífero cárstico intercomunicante; • No seu início, esta obra esteve embargada pelo Ministério Público Federal/IBAMA e foi objeto de um TAC, que desconsiderou até mesmo o parecer da vistoria técnica do mesmo órgão; • Após o TAC a lagoa encheu e impossibilitou a continuidade da obra submergindo os interceptores. • A Copasa e a Prefeitura se recusam a refazer o projeto, alegando aumento de custos e enquanto isto, com o impasse não solucionado, quase metade da população de Pedro Leopoldo que não terá seus esgotos levados à ETE que está sendo construída no distrito de Dr. Lund.

Enquanto isto a população local já fez um abaixo assinado com mais de mil assinaturas dizendo claramente que não aceita o que o esgoto passe por dentro da lagoa, e propõe a partir de representantes da ONG Movimento Lagoa Viva – SOS Lagoa Santo Antônio, que seja formada uma comissão da Meta 2014/Governo do Estado, Copasa, Projeto Manuelzão, Comitê de Bacia do Rio das Velhas e SCBH Ribeirão Mata para que sejam propostas ações para efetivamente dar solução para o problema. Para esclarecimento A ONG Movimento Lagoa Viva – SOS Lagoa Santo Antônio é o resultado pela luta pela recuperação e revitalização da Lagoa Santo Antônio em Pedro Leopoldo que começou como Movimento Lagoa Santo Antônio Viva que tentava evitar que a rede de esgoto projetada pela Prefeitura/Copasa passasse sobre o leito da mesma. Hoje a Conceição Lopes é a Presidente da ONG. A Lagoa Santo Antônio do mesmo nome do distrito de Pedro Leopoldo é uma lagoa cárstica de fundo de dolina, localizada na APA Carste e dentro da UTE - Territorial Estratégica Carste/CBH Velhas e a menos de 5 km do Parque Estadual do Sumidouro -PESU e que tem um longo histórico de degradação: três minerações no seu entorno com detonações diárias, uma estrada asfaltada que corta o seu meio, barramento do seu sumidouro e histórico de contaminação de algas cianofíceas, além de grande adensamento de seu entorno o que contraria estudos do Prosam da década de 80. Como toda lagoa de característica cárstica ela possui grande variação de seu volume hídrico, estando quase seca em determinada época e inundações em outras (em 1997 e 2003 foram retiradas 10 casas da área de inundação), tem também alto coeficiente de risco de contaminação. Por estar situada no fundo de dolina todo lixo e resíduos de materiais de construção e de assoreamento provocado pelo carreamento das águas pluviais e agravado pelo modelo de urbanização do entorno vai acabar dentro da lagoa. É importante dizer que existe um abaixo assinado, feito antes do fim das obras que solicita que os interceptores sejam construídos no entorno da lagoa e que a seja feitas ações por sua recuperação e a sua transformação em uma área de lazer para a população da região, com paisagismo adequado á realidade cárstica e com equipamentos de lazer. Não querem que sejam construídos asfaltos e sim trilhas de caminhadas e um parque linear integrado á RPPN da Holcim, que está em um dos lados da lagoa.